terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Prepare a bagagem para 2011

Comecei o ano de 2010 disposta a jogar todo o excesso de bagagem fora, aquelas coisas ruins que não gostaria de levar comigo, e que sem querer trouxe de 2009. Consegui, mas ao longo do ano fui acumulando novamente alguns excessos, e no check-list fui barrada novamente, excesso grandioso de bagagem.

E lá vou eu de novo rever o que posso deixar para trás, o que eu acumulei em 2010 e que não quero levar para 2011.
Esta é a magia da virada do ano, a oportunidade de fazer novos planos, sonhar novos sonhos, e deixar para trás alguns sentimentos e fatos que só nos machucaram. Aprender sim com as coisas ruins, mas não carrega-las junto de si.

De 2010 quero deixar retido na alfândega algumas frustrações, outras desilusões, alguns quilinhos adquiridos, as discussões bobas, as mudanças que não aconteceram, as doenças já curadas.

Faço questão de levar em uma mala bem nova os lugares novos que conheci, as pessoas que reencontrei, o amor que vivi e recebi, as palavras novas que aprendi, os obrigados, a saúde do Pilates, as perspectivas de mudanças, e bem junto a mim, na bagagem de mão, meu amor, meus amigo, meus familiares mais próximos e meu filhote, para garantir que eles cheguem sem extravio no ano de 2011 comigo.

Espero que a bagagem de vocês seja recheada de belos pertences.

Que todos tenham um Natal amoroso, e um réveillon cheio de promessas de realizações.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Bodas de Papel- nos unimos.

Se olhar para trás não me lembro bem ao certo como a história do casamento começou. Acho que quando o amor fluí, o relacionamento chega a um estágio em que o casal começa a  imaginar como seria sua casa junto, qual seria o gosto do hálito um do outro pela manhã, não uma vez, mas, todos os dias.

Então penso que não teve um momento em que sentamos e discutimos se íamos casar ou não, as coisas não funcionam assim no amor, não é que paramos e olhamos no calendário e vimos que há tantos anos e meses estávamos namorando e então tínhamos que noivar e casar, não existe tempo exato para isto, quando há amor parece que os fatos vão desenrolando sem mesmo ao certo sabermos.

Lembro que um dia conversando enquanto esperávamos a nossa pizza ficar pronta, falamos um para outro que queríamos casar. Em pouco tempo o desejo de ficar juntos nos moveu a buscar um lugar que poderíamos chamar de casa.

Aquele ditado popular que diz que: “Quem casa, quer casa!”, é a mais pura realidade, todo casal precisa de um canto que possa chamar de lar, para que assim, rompa o cordão umbilical com seus pais ou pessoas que o criaram.

E quando comentei em casa que iria casar, tudo virou uma loucura, começaram a questionar que cor seria as flores da festa, qual salão iríamos ver, e sem nem mesmo ser meu sonho de menina, me vi preparando “um casamento”. Posso dizer que foi uma das fases mais especiais da minha vida, cuidar de cada detalhe do momento em que mostraríamos a todos que o AMOR existe, estava presente em nós como casal.

Sabendo que algumas convenções são importantes, logo falei para meu futuro marido, “você tem que pedir minha mão aos meus pais”, e lá foi ele, frente a frente com os meus pais, mostrar que eu já era uma mulher, e era a mulher que ele queria dividir todos os dias de sua vida. Seu nervosismo era grande, e só fez meu amor aumentar, afinal, só ficamos nervosos diante das coisas que nos são realmente importantes.

A resposta do meu pai descreve bem o que é este momento: “Não concedo a mão dela, ela que tem que saber se quer casar, se você é o cara. Se vocês estão cientes do que significa o casamento, desejo toda a felicidade à vocês” (Foram mais ou menos estas as palavras do meu pai)

E rapidinho chegou o dia da celebração do nosso casamento, se eu pudesse voltava neste dia uma vez por mês, só para reviver toda aquela emoção.

E depois te tudo isto, veio a convivência do casamento, não posso dizer que tudo são flores, quem é casado sabe, quem não é nem imagina.

O casamento é a convivência de duas pessoas que tiveram uma história anterior, e começam a escrever novos capítulos desta mesma história. No nosso caso tínhamos experiências de 26 anos de vida, criações familiares totalmente distintas, e claro que fomos aprendendo com a convivência.

Mas como já disse, está ai a importância do Amor, este sentimento difícil de descrever, mas delicioso de viver. O sentimento que nutrimos um pelo outro, faz com que cada discussão fique pequena quando aconchego minha cabeça no ombro dele, e trocamos a temperatura do corpo um com o outro.

Com o casamento aprendemos o valor da tolerância, da compreensão, do quanto precisamos ser honestos um com o outro, afinal a coisas só desenrolam se dividirmos um com o outro os fatos.

Como é bom poder dividir os acontecimentos do dia com alguém, ter com quem dormir toda noite, rir em cumplicidade assistindo um filme, sacanear um ao outro quando um bebe um pouco mais.

Casando descobri um propósito a mais na vida, ensinar o que eu sabia para o meu marido, e aprender com ele em troca.

E lá se vai um ano de casamento (que comemoramos no dia 26/09/10), a chamada Bodas de Papel, como já escrevi para uma amiga uma vez, talvez esta bodas seja de Papel, pois, depois de um ano você descobre se este papel é resistente como uma cartolina, ou frágil como um guardanapo de papel. É nesta fase que a maioria dos casamentos terminam, e os poucos que resistem é porque aprenderam a conviver com as diferenças do seu cônjuge.

Não se muda uma pessoa, tem que se ter isto em mente antes de casar.



O relacionamento é bom porque nas nossas diferenças nos completamos, e nas nossas semelhanças nos unimos.



Fica aqui meu agradecimento a todos aqueles que há um ano estiveram conosco celebrando nosso casamento, a todos aqueles que nos ajudam a construir os capítulos deste relacionamento, e fica o registro ao meu marido do enorme Amor que nutri, nutro e por muitas e muitas bodas continuarei nutrindo.



Adriana Ribeiro Teixeira (e pelo casamento – dos Santos)



Obs.: Sei que estou devendo os post sobre a viagem, no próximo escreverei sobre a Bahia. (Já tem no blog São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

No Paraná...água...muita água

Todo mundo dentro deste navio? Então vamos navegar, pois, este post tem muita água.

Não conheço nada da região Norte e Centro-Oeste do Brasil. Como destaquei nos post anteriores, da região sudeste conheço todos os estados, e da Nordeste que serão os próximos post, conheço metade.

A região Sul é algo que me fascina, e que infelizmente não conheço muito. Nunca imaginei ou programei uma viagem para o estado do Paraná, até que um belo dia, me enamorei pelo meu esposo, nascido em Cruzeiro do Oeste, Paraná, e veio a oportunidade de conhecer esta região do Brasil.

Confesso que não conheci muita coisa do Paraná, passei por cidades interioranas que não tem nada de espetacular para indicar para outras pessoas. São cidades gostosas sim de passear, mas sem nenhum grande atrativo.

Tenho que indicar para quem vai até o Paraná, que dependendo da cidade a ser visitada o mais viável é viajar de avião. Eu cometi a loucura de seguir meu marido de carro para o Paraná, e após um dia quase inteiro viajando juntos, podemos constatar que o nosso relacionamento realmente era sólido, afinal conviver em um carro por tantas horas é uma questão de afinidade mesmo.

Mas, não tem como passar batido do Estado do Paraná sem destacar um lugar delicioso, e famoso, a cidade de Foz do Iguaçu, tenho que dizer que o lugar faz jus a fama.

O Parque Nacional do Iguaçu (http://www.cataratasdoiguacu.com.br/parque.asp), localizado em Foz do Iguaçu, é outro lugar para se olhar e ter certeza que Deus existe e criou toda natureza.

Foz do Iguaçu fica no extremo Oeste do Paraná (1014 Km de Campinas), e faz divisa com o Paraguai e Argentina, sendo assim, o Parque do Iguaçu tem o lado brasileiro e o lado argentino.

Acessamos o parque pelo lado brasileiro, o complexo que montaram para o Parque é algo incrível, com ônibus para passeio dentro do parque, lojas de suvenir, barcos para passeio no rio, entre outras estruturas. Para acessar toda esta infra-estrutura é necessário desembolsar o valor da entrada, que não é nada barato, mas também não é nada exorbitante.

Parte do passeio faz-se nos ônibus, onde se visualiza a beleza da mata preservada do local, e todos animas andando livremente pelo parque.

Depois deste trajeto, desembarca-se em uma das paradas, e preparem os tênis, pois, a caminhada é longa, de 20 em 20 minutos é possível tirar fotos em mirantes que possibilita a visão de parte das Cataratas, e as fotos ficam dignas de Cartão Postal.

No final da jornada chega-se aquela plataforma, que sempre passa na televisão, onde fica-se pertinho das Cataratas, sentindo toda magnitude e força da água. Protejam as câmeras, pois, os respingos são forte e podem prejudicar a câmera. Preparem-se também para disputar qualquer lugarzinho próximo as cercas, para poder tirar belas fotos, o local é disputado “a tapas” por turistas de todas as partes.


Terminado o passeio, chega-se em uma loja de suvenir, que enlouquece qualquer bom turista com copos, camisetas, e adereços mil, confesso que o preço do local não é para qualquer bolso, fiquei com a opção chaverinhos, que eram lindos por sinal, e com preço bacana.

Antes de embarcar no ônibus para retornar ao estacionamento, é possível almoçar ou jantar no restaurante do parque, mas, como estava lotado, optamos por achar outro lugar.

Como não conhecíamos nenhuma opção em Foz, e estávamos cansados demais para procurar, optamos por achar o shopping da cidade.

Fica a dica, na ausência de bons restaurantes, se a cidade for de tamanho médio a grande, para se alimentar procure um Shopping Center, é uma boa opção, pois sempre tem restaurantes de rede, pode ser italiano, japonês, fast-food, comida mineira...entre outras, que satisfazem a maioria dos paladares.

Sobre o Paraná é isto, fico na expectativa de conhecer Curitiba, uma cidade que dizem ser incrível.

No próximo post, prepare o protetor solar porque chegaremos ao Nordeste, ah! o Nordeste...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Meu coração é mineirinho

E continuamos neste ônibus, viajando pelo Brasil... Quem quiser pode embarcar no próximo avião e me acompanhar...

A música diz: “O Rio de Janeiro continua lindo...” E não tenho como discordar totalmente, tenho lembranças maravilhosas dos pontos turísticos do Rio, da praia de Copacabana, da vista da Ponte Rio-Nitéroi.

Acho que minha primeira viagem “importante” foi para o Rio de Janeiro, por volta dos seis anos de idade esta era as férias de família lá de casa, e em segunda opção tínhamos a fazenda de uma tia no interior de Minas, e a casa de uma tia querida em Barretos.

Lembro como se fosse hoje de quando alcançamos o Cristo Redentor, uma visão espetacular. Recordo também como foi andar no bondinho do Pão-de-Açúcar, que delícia. As praias da cidade de Rio das Ostras onde ficávamos hospedados eram límpidas como só.

Ocorre que hoje em dia se me levarem a cidade do Rio de Janeiro, não consigo ver com tanto encantamento assim, não sei se pelo fato de as praias realmente belas são as típicas de novela das oito da Globo: Ipanema e Copacana, pois, as demais não tem nada de impressionante, não sei se pelo fato da violência ser tão grande, que um simples passeio com máquina fotográfica na mão seja algo de extremo risco, não sei o que me desencantou. Da última vez que estive lá, somente de passagem, cortando a cidade, me senti totalmente “deslocada”.

Mas, tenho que deixar a dica, para quem não conhece o Rio de Janeiro, é uma viagem imprescindível como brasileiro. E tem que se fazer o óbvio mesmo, conhecer todos os pontos turísticos do Rio, mas com muita atenção e cudiado.

É lógico que meu desencanto não é tão extensivo, por isso ainda pretendo conhecer Búzios, Angra, Parati, cidades do estado do Rio de Janeiro que ainda não tive a honra de conhecer, e que ouço maravilhas.

Seguindo pelo Rio de Janeiro chegamos a outro Estado da região Sudeste: Espírito Santo.

Fiz uma breve passagem por lá, em algumas cidade do interior, também Vitória e Vila Velha, tenho que confessar que foi uma das viagens que menos me impressionou. Achei a comida “estranha”, eu adoro experimentar a gastronomia dos locais que viajo, pois cada lugar tem um gostinho especial, e isto me marca muito, mas a comida das cidades do Espírito Santo em que estive, achei ruim, não era nem regional e nem parecida com a de São Paulo, era uns pratos estanhos, que me fizeram pensar em como os moradores de lá se contentam como as opções que os restaurantes oferecem.

O que posso falar de ES? Bom, conheci um dos pontos mais famosos de lá, o Convento da Penha, a vista do “mirante” do convento é espetacular, a história do Convento é maravilhosa, as imagens sacras expostas são de emocionar, só me incomodou duas coisas, o fato de ter que pegar um transporte até determinado ponto do convento, pois a subida é muito íngreme, o problema é o calor dentro destas vans, e o tempo que se espera para voltar, outro problema do local é a quantidade de pessoas que freqüenta, é um tal de ombro dar com ombro, eu sei que isto é um mal de pontos turísticos, mas lá é um horror.



Entre Vitória e Vila Velha esta instalada a Terceira Ponte, muito bela, com uma vista incrível. A visão da Ponte iluminada de noite é linda, e de longe se avista o Convento da Penha no alto do morro todo iluminado também. Só é bom prestar muita atenção, pois, em determinado ponto a ponte se divide, e ela tem praça de pedágio, se entrar errado é prejuízo na certa.

 
Em Vilha Velha conheci somente uma praia, que infelizmente não me lembro o nome, achei a praia mais do mesmo, estilo litoral paulista, com muito banhista dançando no calçadão a base de música em volume alto, bom mesmo para dar boas gargalhadas vendo “os figuras” do local, e tomando uma cervejinha gelada.

O último estado da minha queria região Sudeste, é Minas Gerais, último, mas, não menos importante, tenho um carinho grande por vários cantinhos de Minas Gerais, estado de pessoas acolhedoras e simpáticas, de boa comida, e de boa prosa.

Tem várias cidades que freqüento, especialmente por ter familiares, e posso dizer, se você foi convidado para passar uns dias em alguma cidade mineira, não perca tempo, pela experiência que tenho com as cidades de lá, na maioria delas você vai passar bem, seja para assistir uma missa no domingo e depois dar uma volta na praça, seja para aproveitar os almoços bem servidos tanto nas casas quanto nos restaurantes, seja para dar um mergulho em algum rio, seja para aproveitar Carnaval fora de época.

Tenho que destacar uma cidade mineira maravilhosa, Bueno Brandão (http://www.buenobrandao.com.br/novosite/), e fica pertinho de Campinas a 180 km. A cidade é um espetáculo mineiro, mas, é para quem gosta de sossego, ecologia ou esporte radicais, se você procura vida noturna lá, não é exatamente o que vai encontrar, de noite em Bueno é no máximo comer um cachorro-quente na praça dividindo metade com algum cachorro faminto, ou ficar em um boteco da praça, ou ainda tomar um delicioso sorvete na principal sorveteria que fica na cidade. Em algumas épocas do ano tem as festas típicas de lá, basta consultar no site da prefeitura.

O que se encontra em Bueno Brandão é uma beleza de encher os olhos, é um barulhinho de cachoeira que mexe com todos seus sentidos (eu choro quando sento em uma delas), e repor todas as energias.

São muitas cachoeiras, se não me engano são 36 catalogadas, pelo menos era este numero da última vez que fui. Ao chegar à cidade é possível localizar um mapa das cachoeiras facilmente.

Nas duas vezes que estive lá consegui conhecer 15 cachoeiras, vale destacar que o acesso as cachoeiras é por estrada de terra, então tem que ir preparado para colocar o carro para rodar, e os “estacionamentos” são longe da cachoeira, então haja pernas para subir e descer.

Algumas cachoeiras são totalmente rústicas, e é necessário embrenhar no mato mesmo, às vezes chegando a se perder, para poder encontra-las, outras são estruturadas pelas pousadas e restaurantes, e cobram entrada, uma taxa simbólica de manutenção do local, afinal, muitas cachoeiras ficam dentro de propriedade privadas.

Das cachoeiras visitadas destaco quatro que são as mais famosas também, a primeira Cachoeira do Felix quando vista do alto já é bela, as fotos no “mirante” superior são dignas de Papel de Parede de computador, vista de baixo a cachoeira permanece bela, é possível banhar na cachoeira, vá preparado de traje de banho e toalha na mão, as vezes a água está bem gelada.

A Cachoeira do Luiz é de uma magnitude, é onde compreendemos por que Deus criou a natureza, é um espetáculo, sento na beira desta cachoeira e choro de emoção. O banho não é possível somente a pontinha do pé. A Cachoeira do David é uma das cachoeiras “rústicas” por assim dizer, tem que se desbravar a fazenda para encontrar, ela tem a parte I e II, podemos nadar em algumas quedas, em outras toda atenção é necessária, as pedras são traiçoeiras. Para um bom mergulho destaco ainda as Cachoeiras do Machado I e II.

Outro passeio imperdível é ir tomar um vinho no Zé Roberto, acho que era este o nome do dono da Fazenda, você prova os vinhos e leva o que mais gostar, difícil escolher... Fora que o dono da fazenda é uma simpatia conta causos e mais causos. A jeripoca é divina. Pergunte no centro que darão a localização da fazenda, é pertinho.

Para comer bem o que vale mesmo é o restaurante “O Cumpadi”, para tudo que a comida é boa demais sô!!!!!

Das vezes que fui, aluguei uma casa do Sr. Cido, muito famoso na cidade, e nos sites que falam a respeito de Bueno Brandão. Sr. Cido é um anjinho de Deus na terra de tanta doçura e hospitalidade. A casa que ficamos é super aconchegante, nada de luxo, mas com toda estrutura. Nunca fiquei em chalé ou hotel, mas ouço falar coisas maravilhosas, neste site tem dicas sobre hospedagem, e descrição ótima da cidade: http://www.pousadas-superguia.com.br/mg_pousadas_bueno_brandao_01.html

O melhor de tudo, o celular não pega por lá... as vezes é bom se desligar do mundo!

Acabei por estender o post ao falar de Bueno, não tem como, que conhece a cidade sabe o que estou falando, é um lugar que realmente vale a pena, e o bom, que é uma viagem barata, o custo não corresponde aos benefícios.

No próximo poste, vou escrever sobre o Paraná, estado natal do meu amor.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O grande Estado de São Paulo...

Fugindo um pouco do foco do meu blog, resolvi escrever sobre algumas experiências turísticas que já vivi.

Tenho 26 anos, muito bem vividos, nos últimos anos conheci lugares maravilhosos, mas, sempre com a sensação de que faltam tantos outros cantinhos para se ver!

Mas, com o pouquinho de bagagem que tenho, sempre sou questionada sobre dicas pelos amigos.

Lógico que por ser Campineira, minhas experiências sempre começam por Campinas, mas chegam até o Nordeste.

Dos 26 estados brasileiros tive a oportunidade de conhecer 9 estados, e como ainda não cheguei nem na metade dos estados brasileiros, quero mais, muito mais.

Por onde começar? Começo onde tudo começou...

Na infância, muitas vezes fui para Atibaia, e tenho aquela lembrança de cidade com um ar puro. A região de Atibaia é muito conhecida pelos seus morangos, a festa do morango é uma tentação! Inclusive está ocorrendo agora em setembro.

Vale a pena passar um dia em Atibaia (a 67 km de Campinas), visitar o parque Edmundo Zanoni, com um espaço gostoso para a família, e imperdível mesmo é a Pedra Grande, um lugar lindo, onde se tem a sensação de estar voando. Hoje em dia, na Pedra Grande há algumas possibilidades de salto de asa delta com instrutores, bom para os mais aventureiros. O site da cidade é muito interessante, sempre trás os eventos culturais da cidade: http://www.atibaia.com.br/home/index.asp.

O Estado de São Paulo não tem pontos turísticos tão famosos como outros estados, é mais famosos por ser um Estado onde as oportunidades acontecem, onde as pessoas trabalham muito, mas, tenho que discordar em parte, São Paulo tem lugares incríveis para se conhecer.

Não preciso nem dizer que já estive na Capital, e que lá as oportunidades culturais são impressionantes, entre museus, bares, parques, não entrarei no mérito, pois da Capital conheço pouco.

Posso contar sobre o interior, Riberão Preto é uma cidade adorável, com uma vida noturna deliciosa. Um chopp que desce suave na choperia “Pingüim”, que também tem uma pizza dos Deuses, então, se alguém estiver na região vale a pena perder “algumas” meia hora. Um lugar que nasceu em 1936 só podia ter adquirido muita consistência mesmo. O site deles é: http://www.pinguimochopp.com.br/

Meu marido me apresentou a muitos lugares bacanas, e um deles é Itu, famosa pelos seus objetos gigantes, mas, esta parte da cidade se conhece em 1 hora, passa pela praça central com seu Orelhão gigante, as lojinhas com suvenir. Saindo deste circuito obvio, destaco a Lanchonete do Tio Zé, um trailer instalado em um terreno, com muitas mesas, que aparentemente você não credita nada de bom, mas depois que prova, hum, sai apaixonado, e satisfeito, muito satisfeito, afinal, o lanche faz jus a cidade, e é de itu mesmo! Impossível comer inteiro, eu quando passo por lá, peço para vir no prato, e divido em duas partes, uma para ser consumida em um dia, outra fica para viagem. O endereço eu não tenho, mais fica próximo ao shopping de Itu, perguntando em qualquer posto de gasolina vão informar facilmente.

Outro atributo interessante de Itu, e da vizinha Cabreúva (a 63 km de Campinas), são os camping, que fazem a alegria dos solteiros, enamorados, casados, famílias com crianças. Podem ser para acampar de forma rústica em barracas de armar, ou pode ser para ficar em um confortável chalé.

Dos campings da região de Itu e Cabreúva, destaco o Camping da Pedras (http://www.campingdaspedras.com.br/), que não é tão grande, mas, apresenta duas piscinas, e uma área verde incrível. Vale acampar ou se instalar em um dos chalés. Uma vez eu e meu marido passamos uns 3 dias em um chalé, levamos muitas frutas e condicionamos na geladeira do chalé, e vivemos cenas à la “9 semanas e ½ de amor”. O acampamento em barraca é divertido em turma, podendo ser instalado ao lado de churrasqueirinhas, ou no meio da floresta para sentir o clima animalesco. Este camping tem a opção de passeio a cavalo, que para quem não é nenhuma amazonas, é algo muito divertido e diferente. Vale a pena aproveitar e fazer a caminhada até a Fazenda de Chocolate, que fica ao lado do Camping, um espaço de perdição do chocolate (http://www.fazendadochocolate.com.br/fazendadochocolate/Inicio.html). Os preços não são muito convidativos, mas, a qualidade dos produtos é excelente.


A segunda opção, Camping Cabreúva (http://www.campingcabreuva.com.br/) é um complexo maior, com várias piscinas, cachoeira, sauna, entre outros. O lugar é mais movimentado, mas, é uma delícia. Tem dois restaurantes, um deles no meio da floresta, com uma comida caseira deliciosa.


Do lado de Campinas temos um cantinho especial, o Distrito de Sousas, que tem um observatório incrível na Estrada das Cabras, além de um circuito gastronômico único, com comida típica da roça, caseira. Destaco o Bar da Cachoeira, lugar onde você passa o dia inteiro aproveitando muito, e se sentindo em outro mundo (http://www.bardacachoeira.com.br/), o Casa da Fazenda para tomar um café da manhã daquele de vó (http://www.florestapark.com.br/), e o Fogão Mineiro (http://www.restaurantefogaomineiro.com.br/) típico restaurante que você senta e perde a noção da hora... com um preço fixo para refeição, você pode se servir quantas vezes quiser de comida mineira e doces que são uma perdição. As opções em Sousas são várias, tanto em restaurantes, quanto em passeios eco-turisticos, quanto em bares que deixam a vida noturna da cidade esquentadíssima.

Não posso deixar de destacar a cidade de Santa Maria da Serra, um pequeno paraíso do nosso estado, uma cidade cortada pelo Rio Tietê em sua parte mais límpida. Infelizmente desconheço acesso ao rio que não seja pelos Ranchos, que são cercados em uma espécie de Condomínio. Então para conhecer o lugar, tem que ter algum amigo com casa no local ou conseguir alugar um imóvel.

Os ranchos desembocam em espécies de prainhas de água doce, que se formam nas margens do rio. Para quem gosta de pescar o lugar é ótimo, para quem gostar de nadar melhor ainda, para quem quer pegar um bronze sossegado é ideal, e para quem quer presencia o pôr-do-sol mais incrível tem que conhecer Santa Maria da Serra.

Saindo um pouco do circuito iteriorzão, vou escrever para vocês sobre o litoral de São Paulo, confesso que depois que se conhece as praias do Nordeste, as praias de São Paulo faltam aquele “quê”. Por isso nos últimos tempos tenho fugido de Ubatuba, Santos, não desmerecendo, pois, quando o corpo esta afoito por um salzinho, têm pousadinhas e casa de veraneio neste circuito que valem a pena. Mas, para destaque mesmo, temos Maresias, localizada em São Sebastião, é uma praia linda, e com uma vida noturna alucinante que só São Paulo pode oferecer. As lojinhas são apaixonantes e os restaurantes, servem comida divina, basta andar nas ruinhas estreitas desta praia, que se encontram lugares super interessante para saborear uma comidinha boa.

De carro pode se percorrer a estrada principal que permeia esta região, e apreciar um pedaço da Mata Atlântica verdinho, verdinho, e ter acesso a praias praticamente desertas como Toc-Toc, Praia Preta, Praia Branca, entre outras, basta seguir adiante, ver uma placa indicando uma praia, seguir o atalho e descobrir praias encantadoras.

Vou parando por aqui a respeito do Estado de São Paulo, pois estou me sentindo na música do Rio Negro e Solimões, isto porque nem falei de Americana, Piracicaba, São Pedro, Araras, Pirassununga, Franca, Barretos, Aparecida, Cachoeira Paulista, Ubatuba, Ourinhos...etc...etc... Todo interiorzão de SP que conheço muito.

No próximo post continuarei na região Sudeste do país, e falarei de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Eliminada agora?

Todo homem que se preze já nasce compreendendo e admirando o futebol. Toda mulher heterossexual que se preze a partir da adolescência também passa a admirar o futebol, não pela técnica em si, mas pelos tributos, e que tributos!

Dito isto, tenho que deixar claro que não sou nenhuma expert em futebol, não domino a arte do impedimento, mas sou brasileira, e é óbvio que em época de Copa do mundo eu entro no clima da redondinha, e visto minha camiseta mesmo. Sei que os problemas continuam lá fora, sei que a corrupção política continua, sei que o aumento que a empresa ofereceu não lá estas coisas, sei que muitas crianças continuam sem acesso a educação, mas não me privo de dois tempos de 45 minutos de torcida em frente a televisão.

E hoje, não teve como o coração não acelerar a cada chute errado, a cada falta não marcada pelo juiz, ao gol esquisito marcado pela Holanda no Brasil... Não teve como não me emocionar ao ver o Brasil desclassificado nas quartas de finais da copa do mundo.

Como brasileira tentei buscar todas as possíveis explicações, deve ser culpa do pé frio do Mick Jagger que foi assistir o jogo no estádio, e todo jogo que ele assistiu, o seu time de preferência foi eliminado. Pode ter sido aquele casaco estranho que o Dunga estava usando, então a culpa é do Herchcovitch. Poderia ser pior ainda, culpa da torcida que assistiu comigo, pois não assistiram os dois tempos juntos, e é primordial assistir os dois tempos sentados no mesmo assento no mesmo local, para não desmanchar a formação da energia positiva. A culpa realmente é do Felipe Melo, tinha que entrar na frente do Júlio, tinha que fazer aquela falta e ser expulso?

Pensando bem mesmo, não tem culpa, nem culpados, assim tinha que ser assim era nosso futuro: Brasil eliminado!

Só nos resta usar a máxima: “Sou brasileiro e não desisto nunca!” E nos prepararmos para daqui quatros nos angustiarmos novamente, da forma mais verde e amarela que só o brasileiro sabe fazer.

terça-feira, 22 de junho de 2010

E os anos 80?


Nasci em pleno anos 80.... ano colorido e musical...Ano das melhores brincadeiras.



Sei que é bem saudosista falar que o ano em que vivemos foram os melhores.



Mas, não consigo entender como esta meninada de hoje em dia sobrevive sem um bom copo de groselha geladinha, acompanhada de bolacha maisena na bacia de plástico. Como ficam sem chupar o pirulito do zorro, ou se “lambrecar” com o pozinho do Dipilic.



Os adolescentes de hoje em dia não compreende como vivíamos sem Internet ou celular, mas não é que conseguimos passar tranquilamente por esta “Era Medieval”. Para telefonar da rua para casa, nada que uma ficha (baratinha) de telefone não resolvia, e para encontrar com os amigos, não era por uma janelinha no MSN, e sim pessoalmente em algum parque, ringue de patinação, shopping center, cinema no centro da cidade.



Quando eu era criança não tinha MC Donald na minha cidade, o forte mesmo era o Bob’s, que era uma refeição especial uma vez por mês e olhe lá, e não como hoje, que fastfood é alimentação diária.



O lanche da escola, eu levava na lancheira, tudo bem fresquinho e caseiro feito pela mamãe, aliás até uns 11 anos eu ainda levava lanche.



Diversão era acompanhar minha mãe nas compras de supermercado, e ter direito de comprar um pacote de batata da onda (Ruffles) e um pacotinho de Spark (aquelas balinhas coloridas), ou ainda, acompanhar na feira e ganhar um chiclete que acompanhava um anelzinho, aliás, os chicletes eram ruins de doer, o chique era comer babaloo.



Adolescentes que me lêem, sei que tudo isto é muito pré-histórico, mas, sobrevivemos.



Sabe como fazíamos os trabalhos da escola? Os adolescentes que lêem devem pensar: Google! Como eu disse anteriormente, internet era algo muito distante da nossa realidade. Trabalho de escola significava reunir os amigos da escola em casa, com muita cartolina e isopor para fazer cartazes e maquetes, ou era uma pesquisa na Biblioteca Municipal, percorrendo livros e mais livros para encontrar o objeto da pesquisa, e transcrever na folha almaço. Eu disse TRANSCREVER, a mão mesmo, não tinha Ctrl + C / Crtl + V.



O gostoso mesmo eram as festas de aniversário, com maionese no potinho, bolo salgado, salgadinho, refrigerante em garrafa de vidro (enfeitada), gelatina no potinho, e muito docinhos. Não tínhamos cascata de chocolate ou crepe, mas sobrevivemos.



Jogos? Adorávamos! Videogame era Atari, meninas e meninos jogavam, JUNTOS. Conectado naquelas televisões sem controle remoto, que muitas vezes eram com botões de girar. Falando em girar, telefone era de giro, não de teclas. Escolhia um número, dava uma volta, escolhia outro número outra volta, e não tinha tecla Redial para repetir o último número discado.



Sobrevivemos! Assim como também nos adaptamos as facilidades dos anos 90 e 2000.



Dos anos 80 ficou somente boas lembranças, e não o desejo de que este tempo volte. Cada tempo é único, amanhã já faremos tudo diferente de hoje. Cada novo dia, uma novo descoberta, uma nova evolução, uma nova transformação.



A cada um cabe uma história, cabe um tempo a ser vivido, o meu tempo alegremente começou no belo anos 80.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Tendências

Hoje me peguei pensando: Acho que sou burra! Melhor ainda, tenho um gosto meio duvidoso!

Explico. Cheguei a conclusão (não definitiva, pois nada nesta vida é) que mesmo pessoas estudadas, vividas, viajadas, com um bom acesso cultural, sempre vão ter aspectos que as pessoas consideram de gosto duvidoso. Sempre tem aquela preferenciazinha, que nem sempre é a mais culta ou mais tendência.

Calma, vou explicar melhor, eu vou me colocar como exemplo, afinal, sempre me exponho aqui mesmo.

Por mais que existam vária pessoas interessantes para idolatrar, seja pela sua inteligência, seja pela suas descobertas, seja pelo seu dom musical, ou mesmo pela sua beleza, meu ídolo desde adolescência é o Fábio Júnior. Que coisa mais brega! Todo mundo diz. Eu o acho um gato. Um pedaço de mau caminho. Choro toda vez que o escuto cantando “Pai”.

A televisão por assinatura oferece canais e mais canais de entretenimentos, séries maravilhosas que eu acompanho, fora cinema que sou viciada, de Almodóvar a Quentin Tarantino, mas todo ano quando o BBB começa ser vinculado, fico vidrada no programa, e acompanho mesmo. Que trash não é mesmo?

Meu marido e eu adoramos nos aventurar e pratos culinários, experimentar restaurantes. Nossas viagens pelo Nordeste do país proporcionaram descobertas alimentares maravilhosas. Mesmo aqui em Campinas, sempre achamos novidades. Mas, vire e mexe bate aquela vontade, imensa, de comer um ovinho frito, com gema mole, feito pela minha mãe! Hum! Que coisa mais cafona hein?

Aqui no blog já contei que leio de bula de remédio a enciclopédia, pois bem, livros então, adoro muito. Tenho contato com todos os tipos, desde s acadêmicos que ajudam aprimorar minha formação, aos de “lazer”. Tenho um prazer em ler Sidney Sheldon, quer romance mais óbvio e brega, e Augusto Cury, existe livro mais auto-ajuda e óbvio?

Não tem como fugir, todos nós temos um pouquinho de brega, de fútil, de supérfluo, de inútil, de vazio. O interessante é lembrar que você é como um carro flex, precisa de um pouquinho de gasolina e completar com álcool. Resumindo, um pouco de bobagem não faz mal a ninguém, desde que, o útil sempre faça parte do seu dia-a-dia.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Confesso, tenho vários amigos

Confesso, sou culpada, eu acredito no ser humano. Posso parecer uma boba, mas acredito que mesmo pessoas ruins sempre guardam algo de bom.

Numa desta é de se perceber que me apego totalmente as pessoas, para as gargalhadas junto e para fazer uma faxina em casa também. Topo tudo com os meus amigos.

Não sou do tipo que já chego dizendo para que veio, mas pouco a pouco vou me aproximando, e se o papo flui, telefones trocados, dificilmente esta pessoa sai da minha vida.

Um amigo que entra na minha vida, normalmente é para ser verdade.

Lógico que já quebrei está minha carinha várias vezes, e colo ela outras tantas, e sigo acreditando, e reconstruindo minhas amizades.

Uma loucura o tanto de pessoas que passam na nossa vida. E eu estava pensando, como de tempos em tempos, nossos círculos de amizade vão mudando, vamos realmente reinventando nossos interesses, e ficamos com mais afinidade com este ou aquele amigo, dali seis meses tudo muda.

Meu marido quase surta quando falo “As meninas nos chamaram para sair!”. Que meninas ele me pergunta. As que estudaram com você no colégio, na Facul, que trabalharam com você, que moram no bairro, que moram no Japão, que comem carne, que são vegetarianas... Ele as divide em grupos e subgrupos para poder se localizar. O bem da verdade que ele assim como eu “se encontra” em qual lugar, com pessoas de personalidade diferentes, então a cada ano estamos com um grupo.

À medida que vamos envelhecendo o funil vai se estreitando, e buscamos afinidades maiores, nas viagens que queremos fazer, no estilo musical que se segue, na disponibilidade que os amigos têm em rachar uma conta.

O mais importante de tudo, é com quem você dividiu aqueles momentos de perder fôlego de tanto rir, com quem saboreou prazeres gastronômicos, conheceu lugares diferentes, fez coisas impensáveis, enfim viveu, marcou por um minuto ou por horas esta passagem chamada vida.

E quando olho para trás mesmo com tantas imperfeições, diferenças, e desencontros, escolheria (ou deixaria ser escolhida) novamente os mesmos amigos.

E digo mais, esta vida somente teve significado, pois, estes amigos escolheram grafar capítulos da história comigo.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Egoistamente Feliz

Naqueles momentos que somos um pouquinho egoístas vivemos mais e melhor.
Em um dia em que sorrateiramente comemos o último pedaço de bolo, sem perguntar para ninguém... se alguém mais queria fazê-lo, somos mesquinhos, mas, alimentamos nosso desejo da gula.
Um momento em que cortamos uma ligação telefônica dizendo que algo urgente está acontecendo, só para não dar margem para o assunto, simplesmente porque o assunto já está nos deixando “deprê”, somos por alguns minutos menos amigos, mas por algumas horas ficaremos com a energia menos descarregada.
Aquele banho que tomamos lavando cada curvinha do corpo, usando todos os sabonetes, óleos corporais, xampus, condicionadores, embaçando o boxe do banheiro por minutos, consumindo muita água, somos ecologicamente incorretos, mas, relaxamos cada músculo do nosso ser.
São pequenos momentos egoístas, em que satisfazemos somente nossos interesses, isto é necessário. Aquele momento de dizer NÃO. Como é difícil dizer não para as pessoas e para os momentos.
Algumas atitudes egoístas é um modo delicado de dizer um não sutil.
Como quando éramos crianças que corríamos para dar aquela primeira lambida no picolé para ninguém aceitar quando oferecêssemos.
Ser humanamente egoísta é apressar o passo para pegar a melhor cadeira no cinema, é fingir que não ouviu algo que falam com você no ponto do ônibus, pois está afim do silêncio, é exigir o colo da mãe só para você.
Ser egoísta as vezes não é nada ruim, é um mal necessário, é um modo de satisfazer pequenas necessidades intimas e dizer para o mundo: Eu estou aqui!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Infortúnios de uma motorista

Peripécias e desventuras de uma motorista desavisada.
Se você é bom motorista, domina a arte, ou se acha “o cara” no trânsito, para de ler por aqui, este texto não será nem um pouco do seu interesse.
Não entendo até hoje por que o ser humano não voa, sei que isto é blasfêmia, que Deus em sua magnitude nos deu nossa devidas capacidades, mas, penso que seria mais fácil chegarmos ao nosso destino voando.
Tenho prazer em caminhar, gosto de verdade.... mas, de modo descompromissado, e não de longa jornadas. Para longas jornadas confesso que prefiro algo que se mova há pelo menos 60 km/h. Então, aprender a dirigir um carro foi algo necessário.
Meu pai é muito turrão, nunca deixou que encostássemos em seu carro, engraçado, que meu marido tem livre acesso ao carro do sogro. Confesso que entendo o lado do meu pai.
Estes dias assisti uma reportagem que dizia que a maioria dos acidentes de carros são causado por homem, coisa de 3 em cada 4...algo assim, não me lembro o dado agora! A explicação está no fato de as mulheres serem mais cautelosas!
Concordo e discordo com tudo isto! Acho a mulher muito mais tranqüila no transito, mas acho que os homens são muito mais habilidosos.
Desconfio que meu marido na infância ao invés de ter ganhado um “velotrol” tenha recebido um fusca de presente dos pais, e já tenha saído dirigindo com uns 5 anos de idade. Ele aparenta muita experiência quando o assunto é direção, uma grande destreza mesmo.
Acredito muito que direção tem haver com aptidão, eu certamente não tenho nenhuma aptidão para dirigir! Conheço muita gente que dirige, mas, não tem aptidão, isto se demonstra no jeito dirigir!
Dirigir é fácil, dirigir bem é outra coisa!
Desta forma, meu primeiro contato com carro foi na auto-escola, confesso que a primeira “dirigida” foi mágica, ter controle de algo tão grande foi sublime, mas 30 minutos depois não tinha nada mais de mágico, pois tinha todo o resto que eu não tinha controle, um campo espacial enorme..
Tive o total de horas necessária na auto-escola, aparentemente me sai bem, tão bem quanto um robô treinado, pois era isto que eu fazia, seguia as instruções da “professora”, não me apropriava, decorava. Para fazer balisa: “esterça tudo para direita, depois tudo para esquerda, meio volante agora....”.
No dia da prova, eu estava tranqüila, os instrutores queriam até pedir um anti-doping, pois eu parecia drogada, de tão calma.
Minha CNH saiu, e foi parar no fundo da gaveta.
Não comprei um carro, meu pai não emprestou o dele, e perdi o contato com a direção. Quando alguém me pedia para dirigir, eu gelava, e dava as desculpas mais esfarrapada do mundo.
Não dirigir passou a ser um constrangimento, um defeito. Você pode ser linda, inteligente, simpática, formada, mas se não dirigir: “Como assim você não dirige?”.
Sem aptidão, passei a ter medo de dirigir.
Sete anos se passaram..... E meu marido impôs: Você precisa vencer este medo! Pouco a pouco fui pegando o carro novamente.
Na minha cabeça assombrações do tipo: e se estou dirigindo, tem uma blitz, o que faço? Paro! E na hora de sair? E se passo em cima de um cone. E para estacionar? Naquelas vagas pequenas, nem com reza braba! E se eu estiver na pista e ficar cercada por caminhões me pressionando? E as condições climáticas adversas? Vai que começa a nevar?
As coisas que um medroso pode arquitetar em sua mente são as mais absurdas possíveis. Eu pensava que em um simples passeio no bairro, um velinho poderia parar no meio da rua, e eu dirigindo o carro jogaria boliche com ele! Assustador!
O medroso pensa “Não tenho medo do que pode acontecer comigo, tenho medo do que posso fazer com os outros!”.
Ouvi na TV um relato de uma pessoa que tinha medo de dirigir em subida, pois achava que o carro iria capotar no topo.
Cada uma que o medo cria na mente!
Fui fazer um curso de reciclagem. Um rapaz educado, com fala do tipo de animador de acampamento: Bom diaaaaaaaaaaaaa!!!! Como você está dirigindo bem hoje!!!!! Deu-me muitas dicas, levantou minha auto-estima, mas, no fundo, no fundo, uma vez que se tem medo de dirigir, terá para o resto de vida. É fato. Você pode conviver com o medo, mais nunca eliminá-lo.
Passei a dirigir com maior frequência. A pior carona que tem? Minha mãe. “Filha troca a marcha”. Boa!? Nem pensar, ela não sabe dirigir, e muito menos que o carro tem 5 marchas, como ela quer me dizer a hora de trocar a marcha? Ela desistiu de dirigir há 20 anos atrás, pelo mesmo medo que ela deixou no meu DNA.
Cada dia é uma vitória, minha lógico, porque para os demais motoristas parece que é uma desgraça, parece que hoje em dia deixar o carro morrer é o fim do mundo, é tiro, é morte, sei lá. Tem um bendito semáforo em uma subida, que vire e mexe fico encalhada, quando consigo evito ele, quando não dá, paro, e o carro morre, o tempo de ligar novamente é o tempo de todas as minhas gerações familiares serem xingadas. Que impaciência!
Outra coisa que me incomoda, qual o problema que motoristas experientes têm com seta? Será que eles se comunicam por tele pensamentos? Pois fico perdida, eles não sinalizam. Vão para onde? Ai ai!
O bem da verdade é que queria mesmo minhas asas, bater bem forte e chegar ao meu destino, ou melhor, ainda, colocar a mão no meu relógio de pulso, falar: Teletransportar.


sexta-feira, 7 de maio de 2010

Super-Heroína?

Sempre achei minha mãe uma super-heroína... Quando eu era criança achava que ela era mais poderosa que a "Mulher Maravilha" ou a "She-ra"....



Achava que ela tinha uma visão especial, um sentido aguçado, pois conseguia prever se o tempo ia esfriar, e me vestia um casaco antes de sair de casa... mesmo que o termômetro marcasse calor, em 1 hora já estava fazendo frio....



Achava que ela tinha um poder especial de cura... pois se eu caia e o machucado estava doendo muito, ela fazia um carinho, e passava a dor....



Achava que ela era onipresente, pois conseguia fazer mil coisas ao mesmo tempo, eu pedia algo, minha irmã ao mesmo tempo pedia outra coisa, o cachorro invadia a casa, meu pai derrubava algo no chão, o telefone tocava, a chaleira apitava, e ela conseguia resolver tudo isto de uma vez! Uau! Acho que ela se multiplicava! Ou será que era mulher-elástica? Ou será sua super velocidade?



E a força que ela tinha, conseguia carregar várias coisas juntas, me carregava para cama depois que eu dormia no sofá (mesmo já grandinha), e eu desconfio que em uma queda-de-braço com o He-Man ela ganha!



Eu achava ainda que ela tinha o superpoder do conhecimento, porque ela sempre sabia dar uma resposta para meus "por quês", mesmo que a resposta fosse um "porque sim"... E ela sempre sabia o que usar para curar todas as doenças e mal-olhados.



Desconfiava também que ela tinha o poder na mudança de forma, porque durante o dia ela usava um visual meio "farroupilha", mas quando ia namorar com meu pai, virava uma rainha.



Outro poder que acreditava que ela tinha, era o da sobrevivência, pois ela passava por tudo, e saia ilesa, não tinha sofrimento ou dor que a extinguisse. E ainda ela sobreviveu a mim e duas irmãs, fora nossos amiguinhos e primos...



Ainda hoje não consegui descobrir o segredo da minha Mãe, só consegui aumentar minha lista de superpoderes que credito a ela!



Ela poderia facilmente fazer parte de qualquer liga ou turma de super-heroís.



Não sei como ela faz isso, mais esta mulher é a pessoa mais especial, mais incrível que já tive na minha vida...



Ela tem o dom de multiplicar o amor, de diluir a dor... Ela sabe dividir, e não cobra nada em troca!  

Não tem nada mais divino do que "mãe" ... E sei que cada um acha a sua "mais especial" por este ou aquele motivo.



Mas sou categórica em dizer que a minha mãe é o ser vivo mais importante que existiu na face da terra. Pelo menos para mim!!!



A todas as mães, um delicioso 09 de Maio, que vocês recebam em troca tudo que nos ofertam!

Obs.: Escrevi este texto ano passado, mas acho tão importante que achie bacana publicar novamente.





terça-feira, 4 de maio de 2010

Hoje não estou para o mundo!



Hoje não estou para o mundo!

Sorry, mas não quero ver ninguém.

Tento escrever algo de útil há alguns dias e nada flui, porque nada de produtivo tem sido elaborado pelo meu ser.

Estou apática, acinzentada.

Sou apenas sombra de mim mesma.

Dormir me deixa cansada. E o lero-lero da conversa fiada das pessoas tem me irritado.

Desculpe, mas estou fechada para balanço.

Todo dia alguém bate na minha porta e tenta entrar, mas, eu esculachadamente coloco porta a fora.

Não queria estar nem para eu mesma, mas desta pessoa aqui não tem como fugir, tenho que olhar este cabelo amassado no espelho e exercer uma força cósmica nos músculos faciais para dar um sorriso fingido.
Alô! Não! Tu-tu-tu....Ninguém do outro lado da linha. Não estou. É tão difícil entender?

Me dêem apenas alguns dias de outono, que em breve planto as gérberas em meu coração e faço primavera novamente.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Como será?

Que mulher nunca se pegou imaginando como será o rostinho do seu bebê, antes mesmo de estar grávida. Homem também tem estes pensamentos, mas para mulher este é um pensamento freqüente.




Aquele pensamento que sabota sua cabeça no meio do dia, e te faz imaginar como será o cabelinho dele(a), se herdará seus cachinhos, ou será lisinho como o do pai. Imagina a cor dos olhos, que podem ser castanhos, avelãs, blue, ou verde piscina.... Vai além dos olhos, tenta imaginar como será o olhar....




Acho que imaginamos nossos “futuros filhos” de um modo que eles nunca serão, não sei, pois ainda não sou mãe, mas acredito que quando nasce eles nos surpreende.




É fácil imaginar uma roupa, por exemplo, e achar algo para comprar exatamente como se queria. Mas, como imaginar um serzinho que terá traços dos pais, avós, e um tiquinho da árvore genealógica toda?




Um misto de ansiedade com vontade de ser a mãe Dina este momento idealizando seu futuro bebê.




Como desejamos que eles nasçam com saúde! Como queremos ensinar tudo ao mesmo tempo!




Inevitável não tentar prever com será o sexo do baby. É certo que sempre usamos a frase “Não importa o sexo, importa que venha com saúde”, mas na verdade, bem ao fundo da verdade temos uma preferência.




Pode ser menina, com aquela delicadeza toda, mil opções de roupas para vesti-la, aquele dengo que só o sexo feminino tem, um cabelo para ser enfeitado.




Pode ser menino, com aquela auto-suficiência toda, com aquele rostinho de que apronta todas mesmo sendo bonzinho, para proteger a mamãe quando ficar mais velho, para ser o companheirão do papai no futebol.




São estereótipos, é certo, mas características de cada gênero, é o que se espera em menor ou maior grau de cada um.




Muitas pessoas acreditam em milagres, não sei até que ponto são verdadeiros, mas um milagre sei que existe, o do nascimento de uma criança, como se explica a formação de um bebe no ventre de uma mulher, e a perfeição do nascimento? Somente um milagre.




É certo que dificilmente acertaríamos as feições do nosso bebê antes do nascimento, cada ser é único... Mas, que é uma delícia este jogo de adivinhação... Esta imaginação dos detalhes mais “bobos” como o formato do dedinho do pé... São momentos prazerosos que ninguém pode tirar de uma mulher.