quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Esta tal felicidade chamada férias


Férias... Momento tão esperado! Longamente aguardada por pelo menos um ano!
Costumam ser brindadas com uma viagem! E decidimos que vamos fazer tudo que temos direito em uma semana ou um mês. Queremos conhecer todos os pontos turísticos da cidade, ou visitar todos os parentes que conhecemos na cidade, ou ainda aproveitar cada raio solar que incide.
Incrível como achamos que aproveitar significa fazer todas as coisas ao mesmo tempo, nos empanturrarmos com todos os tipos de comida. E quando termina as férias, parece que saímos mais cansados do que entramos.
Outras vezes decidimos não viajar, ou porque queremos tranqüilidade, ou porque a grana está curta.
Decidimos que vamos organizar tudo que se acumulou durante todo ano, que vamos ligar para todos os amigos que ficamos distantes, limpar os álbuns do Orkut, acessar o MSN com tempo.
Mas, vez ou outra somos traídos pelos nossos mais íntimos instintos, e somos sugados para nosso sofá, e quanto mais assistimos TV menos disposição temos de realizar coisas.
Aproveitamos para assistir todos os DVD’s parados ao longo do ano, entre um intervalo e outro tiramos um cochilo enquanto somos servidos como prato principal aos pernilongos.
Pelo menos comigo acontece assim, minha férias são sempre em pleno verão brasileiro, ou minha viagem me serve para pegar uma insolação, ou para ficar toda “empelotada” de picadas de pernilongos.
Mesmo assim, nada melhor que não ter horário para acordar, e levantar com aquelas olheiras que terminam no queixo.
Gastar o dinheiro sem dó, porque sentimos que devemos nos recompensar por todo tempo trabalhado.
Adoro pegar sessão no meio da semana, no meio da tarde, e pagar uma pechincha.
Um luxo só férias! Nos achamos no dever de comparecer em todos os happy hours, festas e churrascos que somos convidados, afinal, não temos nenhum compromisso sério.
Férias é um compromisso consigo mesmo. Um compromisso de aproveitar cada segundo, cada brisa, cada caloria, cada soneca, e deixar a promessa de fazer mais exercícios nas horas vagas para outra oportunidade.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Sozinha em meus pensamentos


Abri o armário do banheiro, e só uma escova de dente. Como é estranho depois de tanto tempo uma peça única, até então tudo é em dobro!
Na cama tem três travesseiros, ele sempre usa dois, eu gosto de um. Ajeito minha cabeça no travesseiro, e vejo que dois sobraram. Não tinha percebido até então o quanto a minha cama parece com o oceano atlântico, grande....
Percebi estes dias, que a saudade se faz realmente na ausência, é uma redundância, eu sei, mas, o que quero dizer é que só sentimos o valor de algo ou alguém, quando não o temos mais.
Este não ter pode ser por um dia, um mês, um ano, ou para sempre, não importa, a ausência nós dá o real significado da importância das coisas.
Tudo é muito chato na ausência, o sol aquece menos, as músicas são chatas, e a vontade é uma só, que as horas passem rápido para o retorno.
Por várias vezes eu já viajei, e me diverti muito, mas sempre fico com aquela sensação: “Não há lugar como nosso lar”, sempre que viajamos sentimos um tenro prazer em retornar para nossa casa, pois aquilo é nosso, é onde realmente nos sentimos a vontade.
Assim, como há lugares, há pessoas que nos fazem sentir a vontade, que são aquelas que ansiamos pela companhia, pelas palavras... são alguns amigos, nossos pais, irmãos, namorados, maridos....
O que há de melhor na ausência? O momento em que temos a oportunidade de eliminá-la, e voltar para nosso limiar de conforto e identificação.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Eu como, tu comes, ele não come.

Esta relação culposa e gulosa que nós temos com a comida é algo que acredito vir do início da nossa existência!
Eu tenho uma relação de amor e ódio com a comida, como é prazeroso saborear um bom prato, ou cozinhar um prato que é degustado com louvor pelos amigos. Mas, como é triste esta mania que a comida tem de se depositar em nosso corpo, se instalando e fazendo moradia nos lugares mais impróprios.
Algumas pessoas têm relação de enojamento com os alimentos: “Isto eu não como!” Perdem tanto de paladar, perdem em saúde, mais ganham em corpos enxutos.
Minha irmã quando criança elegia um alimento, e convivia somente com ele por meses, teve a época do arroz com tomate, a época do “miojo”, a época do ovo... Minha mãe enlouquecia, mas, sempre carregava o kit sobrevivência da minha irmã para as casas visitadas.
Tive um amigo que não comia na maioria das lanchonetes e restaurantes, simplesmente por não suportar alho. Como alguns estabelecimentos não retiram o alho, ele preferia não comer. Trocava um belo prato de lasanha, por um pote de açaí! Coragem!
Engraçado como gosto é igual impressão digital, cada um tem a sua! Por isso tanta variedade em lanchonetes e restaurantes.
Sentimos a diferença de sabores somente ao mudar de Estado em nosso próprio País!
No Nordeste nos surpreendemos com as comidas pesadas! Uma vez na Bahia eu descobri o que a baiana tem! Com certeza ela tem um “troninho”, ô comida arretada!
Eu não costumo ser injusta com nenhuma cozinha, desfilo entre a japonesa, italiana, brasileira, mexicana, árabe, americana com tranqüilidade. Flerto com a cozinha tailandesa há muito tempo, mas não consegui apreciá-la ainda.
Dizem que cozinhar é uma arte. Também acho! Que belo um prato com cores e texturas diferentes. Meu marido é fã da comida “arte concreta”, é cada serrinha, e para finalizar o prato uma banana em cima.
Engraçado é que quando bebemos além da conta, perdemos nosso padrão de controle, e comemos digamos assim, qualquer coisa, pode ser frio, mal cozido, não precisa ter nenhum gosto dos Deuses que “mandamos para dentro”. Quem nunca foi em algum churrasco, bebeu algumas cervejinhas a mais, e no final do dia se pegou comendo aquela carne que passou a tarde na grelha, aquela salada que ficou horas fora da geladeira, e aquele finalzinho de farofa!?
Uma conhecida uma vez, em uma festa de final de ano, bebeu tudo como se o mundo fosse acabar, e depois resolveu apreciar a ceia, fez uma pratada, e corou com duas bolas de sorvete em cima! Quando questionada da bizarrice gastronômica, abriu um sorriso, e tranquilamente disse: “Está tudo uma delícia, você não comeu não?”
Só tem um prato que não gosto, o prato vazio.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Cabelo, cabeleira, cabeludo

Este final de semana foi o baile da minha formatura! Toda uma preparação para ficar especialmente arrumada para o grande dia! Fui ao salão de cabeleireiro, e passei poucas e boas para ficar com um belo cabelo.
O penteado ficou pronto em 1 hora, rápido para os padrões femininos de arrumação. Um imprevisto fez com que precisasse voltar de transporte público, então imagina a cena, a pessoa toda trabalhada no laquê (agora é fixador) entrando no microônibus lotado. Cheguei em casa com a sensação de que tinha desmontado tudo, de acordo com meu marido não! Mas, por segurança, resolvi que até a hora da festa eu não mexeria mais a cabeça, para evitar deslocamentos de mechas! Então seguiram algumas horas em que a única coisa que movimentava eram meus olhos, e minha boca, o pescoço estava imóvel, engraçado como nestas horas me dá uma vontade doida de deitar, inadmissível naquele momento. Como estava ficando com torcicolo, resolvi que era melhor arriscar, e confiar no laquê!
Este momento me fez lembrar o tanto de história que eu já passei com meu cabelo!
Começou no jardim de infância. Pedi inocentemente para minha mãe: “Faz o penteado da Xuxa?”. Minha mãe conseguiu transformar as três famosas “maria chiquinhas” em cinco. Tinha uma “maria chiquinhas” praticamente implantada na minha testa, uma coisa bizarra, e eu descobri isto ao chegar na escola, e todas as crianças rirem de mim! Notei que até mesmo as professoras davam um risinho discreto!
Minha mãe me fez passar por momentos impagáveis com o cabelo!
Até os 10 anos de idade eu não sabia cuidar do meu próprio cabelo, nem o básico eu sabia! Quem fazia tudo era minha mãe.
Mas, como a necessidade faz a pessoa... Minha mãe foi para o hospital para “dar a luz” a minha irmã caçula, meu cabelo já tinha virado um emaranhado quando meu pai me chamou e disse que iria penteá-lo. Não sei se era alguma técnica de tortura que ele estava empregando, ou se ele não tinha total jeito com o negócio, mas foi a mais dolorida penteada de cabelo que eu recebi!
No dia seguinte eu já sabia como cuidar do meu cabelo.
Este cuidado foi se aperfeiçoando, e hoje em dia são no mínimo dois cremes diferentes a cada lavada. Aliás, não sei como eu sobrevivi à era do “creme rinse”, aquele rosinha, que era ruim com ele, pior sem ele!
Meu cabelo é uma mistura de descendência, então é digamos assim trabalhoso. Quando eu era criança, minha irmã dizia que meu cabelo era como a pirâmide do Egito, ao acordar. Ela podia dizer isto, pois tinha o cabelo liso como seda.
Quem tem cabelo bom gosta de esnobar quem tem cabelo não tão bom.
Ainda bem que hoje em dia existe “n” possibilidades de cuidados com os cabelos.
Quando eu entro em loja de cosméticos fico em transe, quero, quero, e quero! É uma compulsão doida, uma vontade de levar o condicionador para cabelo cacheados para o dia-a-dia, o para deixar o cabelo liso nos dias em que eu for fazer escova, um que dê brilho, e outro que evite as quedas. Não consigo entender porque não fabricam um produto que contenha todas as propriedades boas que merecemos.
Por muitas vezes já passei pela famosa situação “corta dois dedinhos” do meu cabelo, e sair do salão sem um palmo inteiro de cabelo. Acho que por regra, os dedos dos cabeleireiros são mais grossos do que o comum, pois todas as vezes saio com o cabelo mais curto do que gostaria. Já pensei em sabotar e dizer: “Corta meio dedo de cabelo por favor!”.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Afazeres Domésticos

Há 3 meses estou casada. Não é tanto tempo, mas quantas histórias já aconteceram neste período.
Toda mudança requer adaptação, e até que tudo tome o eixo certo, muitos desencontros ocorrem. É assim quando mudamos de emprego, quando começamos na escola nova, quando conhecemos alguém, e quando nos casamos.
Ao casar assumimos uma responsabilidade maior pelos nossos atos e ações, somos responsáveis não só pelo nosso umbigo, e sim pela nossa casa, e pelo nosso companheiro, que invariavelmente queremos agradar e compartilhar tudo.
Minha adaptação está ocorrendo até o hoje.
Na primeira semana de casada, sentia que estava passando uns dias fora de casa, e que no dia seguinte eu voltaria para casa dos meus pais, e teria cama, comida e roupa lavada. Mas, todo dia eu acordava com o ronco do meu marido, e percebia que se quisesse roupa limpa era eu quem tinha que lavar!
A primeira vez que fui limpar a casa, achei o tênis do meu marido encostado em um canto do quarto, com uma meia dentro, quando pequei na meia, minha mão quase se desintegrou... A sujeira da meia era algo assim, que nem o OMO do comercial da TV tirava, meia suja mesmo!
Pensei comigo, lavar na máquina não vai ter como, pois isto contaminaria as outras peças de roupa, lavar na mão é um risco de ficar com irritação na pele. Cheguei a cogitar ligar a máquina só para lavar a meia sozinha, achei melhor não, a solução mais adequada encontrada foi jogar a meia no lixo, simples assim, nem exitei. Como sou super correta, joguei no cesto de lixo reciclado, não sei se tecido algodão pode ser reciclado, mais se até garrafa pet pode, tenho certeza que devem achar um bom destino para meias fedorentas!
Passado dois dias meu marido me interroga: “Por que você jogou minhas meias no lixo?” Eu tinha sido descoberta. Não sei porque ele se recordou disto só naquele momento, mas, nem titubeie em respondi: “Porque estava em condições de não lavagem!”
Ele meio que querendo rir, meio brava, disse que eu não podia sair jogando as meias dele no lixo....blá..blá
Eu questionei; “Você ia lavar? tenho certeza que não, e eu também me recuso a lavar meio com tamanha contaminação odorística.”
Acabou em risadas, e história contada em mesa de bar. Mas que é assim é!
Outra adaptação que passamos, é a divisão dos afazeres da casa. Por que os homens por mais prestativos que sejam, bem no fundo de sua alma sentem que limpeza de casa é coisa de mulher?
Oras, não sei por que casam então?É mais fácil e barato contratar uma empregada.
As mulheres hoje em dia trabalham fora de casa tanto quanto homem, então dentro de casa deveres divididos por igual.
Antes de casar avisei: “O banheiro você quem lava, pois eu odeio lavar banheiro! Estou avisando antes de casar para não dizer que foi enganado!” Firmamos nosso acordo.
Os deveres de casa não ficaram divididos por igual, mas como disse, estamos em fase de adaptação, vou pegar leve com meu marido, não posso deixá-lo mostrar todo seu potencial de doméstico no primeiro ano de casamento.
Vou deixá-lo me surpreender nos próximos anos, sei que em um belo dia ele vai levantar e dizer: Amor, hoje vou limpar a casa, lavar a roupa, depois passá-la!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Encontro com o "trans"

Tudo começou com uma cólica.... Resolvi fazer uma visita ao meu médico ginecologista. Ele é praticamente uma estrela global, de difícil acesso! Consegui uma consulta para dali um mês, melhor do que nada.
No dia da consulta nem me lembrava porque tinha marcado, mas já que estava ali, inventei que era por rotina, afinal, toda mulher tem que ir a uma consulta ginecológica anualmente. No meio da consulta me lembrei.... as malditas cólicas.
Dito isto ao Dr. Hollywood, lógico que virou um pedido de exame, uma tal de ecografia transvaginal!
O nome já me causou espanto, “trans”... através? Socorro! Mas tudo pela saúde!
Pedi ao meu marido que fosse a uma clínica de exames agendar, o pobre inocente chegou à clínica e se dirigiu a atendente perguntando se tinha horário para marcar uma ecografia transvaginal, para espanto da atendente, que ao invés de seguir o caminho mais prático do raciocínio (ele vai marcar para esposa ou namorada), devaneou e fez cara “será que é uma menina/menino?” Explicado para quem seria o exame, foi agendado.
Na data tive que viajar, e confesso, senti uma pontinha de prazer em me ver livre do tal “transvaginal”.
Marcado de novo, chegou o grande dia. Normalmente fui trabalhar, pois ter uma eco transvaginal agendada no final do dia, não lhe dá o benefício de ausência no trabalho, acho que certos exames deveriam ocasionar uma licença.
No meio do dia me lembrei, estava sem depilar! Como pude cometer um equivoco tão grotesco... Aquela perna peludona... A parte íntima toda ao natural à la Claudia Ohana!!! Não ia dar tempo de passar em casa.
Fiquei vendo a cena... eu com as pernas suspensas...Ai!
Comecei a pensar, é uma análise profissional que vão fazer das minhas partes, não tem porque ficarem reparando se estou ou não de bem com a Gi (lete)! Difícil me convencer!
Me senti como uma adolescente, com um encontro amoroso marcado, e que não estava preparada, não tinha uma roupa adequada para vestir!
O que o “trans” ia achar de mim? Uma relaxada aposto!
Chegou a hora, adentrei na clinica, e fiquei mais tranqüila ao ver que tantas mulheres trabalhavam lá!
A ansiedade crescia, a medida que o tempo ia passando, uma atendente me chamou, e me dirigiu para uma sala, me pediu “vá ao banheiro, tire sua roupa, faça xixi, e coloque esta sainha”. Nossa quantas exigências tinha este “trans”. Vontade de fazer xixi: Zero, esforço: Total!
Retornei para sala do exame, a atendente pediu para que me deitasse na maca, apagou algumas luzes, e ficou aquele clima, já saindo da sala me disse “fique a vontade!”, como assim à vontade? Alguém consegue ficar a vontade seminua, em uma maca, esperando algo atravessar? Os minutos passavam e nada de alguém aparecer... Olho para cima...devaneio... olho para o lado e finalmente tomo conhecimento do que é o “trans”, ele estava ali todo “pimposo”, já estava até com camisinha. Fiquei tensa. Logo em seguida entra o médico, “Olá veio fazer exame de rotina?”, se a intenção dele foi quebrar o gelo, o efeito foi o contrário, meu constrangimento foi total! Principalmente por tratar-se de um homem, afinal, mulher entende mulher!
Explicou um pouco do exame, e foi realizando! Em menos de 5 minutos tinha terminado!
Resultado final:
Contrangimento – Total.
Dor – Nenhuma.
Depilação – Não estava em dia, mas, o médico nem viu.
Exame – Nenhum achado de doença.
Médico homem – Super profissional e educado.
Tá bom, eu e o “trans” não ficamos assim tão ligados, foi um relacionamento fugaz, e espero não ter que reencontra-lo tão cedo!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Novos projetos

Escrever em um blog é algo que planejo há muito tempo!
Comecei a colocar em prática com o blog do casamento, que para minha surpresa foi um sucesso total! O blog acabou expirando.
Então, aproveitando que 2010 é um novo ano, e que meu tempo está menos assoberbado, crie este blog.
Pretendo me dedicar a ele, e colocar em pratica algo que AMO, escrever!

Vou correr contra o tempo, afinal o novo ano logo chega, faltam 361 dias! rs