quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Eu como, tu comes, ele não come.

Esta relação culposa e gulosa que nós temos com a comida é algo que acredito vir do início da nossa existência!
Eu tenho uma relação de amor e ódio com a comida, como é prazeroso saborear um bom prato, ou cozinhar um prato que é degustado com louvor pelos amigos. Mas, como é triste esta mania que a comida tem de se depositar em nosso corpo, se instalando e fazendo moradia nos lugares mais impróprios.
Algumas pessoas têm relação de enojamento com os alimentos: “Isto eu não como!” Perdem tanto de paladar, perdem em saúde, mais ganham em corpos enxutos.
Minha irmã quando criança elegia um alimento, e convivia somente com ele por meses, teve a época do arroz com tomate, a época do “miojo”, a época do ovo... Minha mãe enlouquecia, mas, sempre carregava o kit sobrevivência da minha irmã para as casas visitadas.
Tive um amigo que não comia na maioria das lanchonetes e restaurantes, simplesmente por não suportar alho. Como alguns estabelecimentos não retiram o alho, ele preferia não comer. Trocava um belo prato de lasanha, por um pote de açaí! Coragem!
Engraçado como gosto é igual impressão digital, cada um tem a sua! Por isso tanta variedade em lanchonetes e restaurantes.
Sentimos a diferença de sabores somente ao mudar de Estado em nosso próprio País!
No Nordeste nos surpreendemos com as comidas pesadas! Uma vez na Bahia eu descobri o que a baiana tem! Com certeza ela tem um “troninho”, ô comida arretada!
Eu não costumo ser injusta com nenhuma cozinha, desfilo entre a japonesa, italiana, brasileira, mexicana, árabe, americana com tranqüilidade. Flerto com a cozinha tailandesa há muito tempo, mas não consegui apreciá-la ainda.
Dizem que cozinhar é uma arte. Também acho! Que belo um prato com cores e texturas diferentes. Meu marido é fã da comida “arte concreta”, é cada serrinha, e para finalizar o prato uma banana em cima.
Engraçado é que quando bebemos além da conta, perdemos nosso padrão de controle, e comemos digamos assim, qualquer coisa, pode ser frio, mal cozido, não precisa ter nenhum gosto dos Deuses que “mandamos para dentro”. Quem nunca foi em algum churrasco, bebeu algumas cervejinhas a mais, e no final do dia se pegou comendo aquela carne que passou a tarde na grelha, aquela salada que ficou horas fora da geladeira, e aquele finalzinho de farofa!?
Uma conhecida uma vez, em uma festa de final de ano, bebeu tudo como se o mundo fosse acabar, e depois resolveu apreciar a ceia, fez uma pratada, e corou com duas bolas de sorvete em cima! Quando questionada da bizarrice gastronômica, abriu um sorriso, e tranquilamente disse: “Está tudo uma delícia, você não comeu não?”
Só tem um prato que não gosto, o prato vazio.

Um comentário:

  1. Oii Dri, estava devendo uma visita no seu cantinho!
    Ahuahsuhshu Qm será essa pessoa com gosto duvidoso? E realmente cada pessoa tem um gosto particular, eu que o diga!
    BeijinhO
    Leh

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