terça-feira, 22 de junho de 2010

E os anos 80?


Nasci em pleno anos 80.... ano colorido e musical...Ano das melhores brincadeiras.



Sei que é bem saudosista falar que o ano em que vivemos foram os melhores.



Mas, não consigo entender como esta meninada de hoje em dia sobrevive sem um bom copo de groselha geladinha, acompanhada de bolacha maisena na bacia de plástico. Como ficam sem chupar o pirulito do zorro, ou se “lambrecar” com o pozinho do Dipilic.



Os adolescentes de hoje em dia não compreende como vivíamos sem Internet ou celular, mas não é que conseguimos passar tranquilamente por esta “Era Medieval”. Para telefonar da rua para casa, nada que uma ficha (baratinha) de telefone não resolvia, e para encontrar com os amigos, não era por uma janelinha no MSN, e sim pessoalmente em algum parque, ringue de patinação, shopping center, cinema no centro da cidade.



Quando eu era criança não tinha MC Donald na minha cidade, o forte mesmo era o Bob’s, que era uma refeição especial uma vez por mês e olhe lá, e não como hoje, que fastfood é alimentação diária.



O lanche da escola, eu levava na lancheira, tudo bem fresquinho e caseiro feito pela mamãe, aliás até uns 11 anos eu ainda levava lanche.



Diversão era acompanhar minha mãe nas compras de supermercado, e ter direito de comprar um pacote de batata da onda (Ruffles) e um pacotinho de Spark (aquelas balinhas coloridas), ou ainda, acompanhar na feira e ganhar um chiclete que acompanhava um anelzinho, aliás, os chicletes eram ruins de doer, o chique era comer babaloo.



Adolescentes que me lêem, sei que tudo isto é muito pré-histórico, mas, sobrevivemos.



Sabe como fazíamos os trabalhos da escola? Os adolescentes que lêem devem pensar: Google! Como eu disse anteriormente, internet era algo muito distante da nossa realidade. Trabalho de escola significava reunir os amigos da escola em casa, com muita cartolina e isopor para fazer cartazes e maquetes, ou era uma pesquisa na Biblioteca Municipal, percorrendo livros e mais livros para encontrar o objeto da pesquisa, e transcrever na folha almaço. Eu disse TRANSCREVER, a mão mesmo, não tinha Ctrl + C / Crtl + V.



O gostoso mesmo eram as festas de aniversário, com maionese no potinho, bolo salgado, salgadinho, refrigerante em garrafa de vidro (enfeitada), gelatina no potinho, e muito docinhos. Não tínhamos cascata de chocolate ou crepe, mas sobrevivemos.



Jogos? Adorávamos! Videogame era Atari, meninas e meninos jogavam, JUNTOS. Conectado naquelas televisões sem controle remoto, que muitas vezes eram com botões de girar. Falando em girar, telefone era de giro, não de teclas. Escolhia um número, dava uma volta, escolhia outro número outra volta, e não tinha tecla Redial para repetir o último número discado.



Sobrevivemos! Assim como também nos adaptamos as facilidades dos anos 90 e 2000.



Dos anos 80 ficou somente boas lembranças, e não o desejo de que este tempo volte. Cada tempo é único, amanhã já faremos tudo diferente de hoje. Cada novo dia, uma novo descoberta, uma nova evolução, uma nova transformação.



A cada um cabe uma história, cabe um tempo a ser vivido, o meu tempo alegremente começou no belo anos 80.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Tendências

Hoje me peguei pensando: Acho que sou burra! Melhor ainda, tenho um gosto meio duvidoso!

Explico. Cheguei a conclusão (não definitiva, pois nada nesta vida é) que mesmo pessoas estudadas, vividas, viajadas, com um bom acesso cultural, sempre vão ter aspectos que as pessoas consideram de gosto duvidoso. Sempre tem aquela preferenciazinha, que nem sempre é a mais culta ou mais tendência.

Calma, vou explicar melhor, eu vou me colocar como exemplo, afinal, sempre me exponho aqui mesmo.

Por mais que existam vária pessoas interessantes para idolatrar, seja pela sua inteligência, seja pela suas descobertas, seja pelo seu dom musical, ou mesmo pela sua beleza, meu ídolo desde adolescência é o Fábio Júnior. Que coisa mais brega! Todo mundo diz. Eu o acho um gato. Um pedaço de mau caminho. Choro toda vez que o escuto cantando “Pai”.

A televisão por assinatura oferece canais e mais canais de entretenimentos, séries maravilhosas que eu acompanho, fora cinema que sou viciada, de Almodóvar a Quentin Tarantino, mas todo ano quando o BBB começa ser vinculado, fico vidrada no programa, e acompanho mesmo. Que trash não é mesmo?

Meu marido e eu adoramos nos aventurar e pratos culinários, experimentar restaurantes. Nossas viagens pelo Nordeste do país proporcionaram descobertas alimentares maravilhosas. Mesmo aqui em Campinas, sempre achamos novidades. Mas, vire e mexe bate aquela vontade, imensa, de comer um ovinho frito, com gema mole, feito pela minha mãe! Hum! Que coisa mais cafona hein?

Aqui no blog já contei que leio de bula de remédio a enciclopédia, pois bem, livros então, adoro muito. Tenho contato com todos os tipos, desde s acadêmicos que ajudam aprimorar minha formação, aos de “lazer”. Tenho um prazer em ler Sidney Sheldon, quer romance mais óbvio e brega, e Augusto Cury, existe livro mais auto-ajuda e óbvio?

Não tem como fugir, todos nós temos um pouquinho de brega, de fútil, de supérfluo, de inútil, de vazio. O interessante é lembrar que você é como um carro flex, precisa de um pouquinho de gasolina e completar com álcool. Resumindo, um pouco de bobagem não faz mal a ninguém, desde que, o útil sempre faça parte do seu dia-a-dia.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Confesso, tenho vários amigos

Confesso, sou culpada, eu acredito no ser humano. Posso parecer uma boba, mas acredito que mesmo pessoas ruins sempre guardam algo de bom.

Numa desta é de se perceber que me apego totalmente as pessoas, para as gargalhadas junto e para fazer uma faxina em casa também. Topo tudo com os meus amigos.

Não sou do tipo que já chego dizendo para que veio, mas pouco a pouco vou me aproximando, e se o papo flui, telefones trocados, dificilmente esta pessoa sai da minha vida.

Um amigo que entra na minha vida, normalmente é para ser verdade.

Lógico que já quebrei está minha carinha várias vezes, e colo ela outras tantas, e sigo acreditando, e reconstruindo minhas amizades.

Uma loucura o tanto de pessoas que passam na nossa vida. E eu estava pensando, como de tempos em tempos, nossos círculos de amizade vão mudando, vamos realmente reinventando nossos interesses, e ficamos com mais afinidade com este ou aquele amigo, dali seis meses tudo muda.

Meu marido quase surta quando falo “As meninas nos chamaram para sair!”. Que meninas ele me pergunta. As que estudaram com você no colégio, na Facul, que trabalharam com você, que moram no bairro, que moram no Japão, que comem carne, que são vegetarianas... Ele as divide em grupos e subgrupos para poder se localizar. O bem da verdade que ele assim como eu “se encontra” em qual lugar, com pessoas de personalidade diferentes, então a cada ano estamos com um grupo.

À medida que vamos envelhecendo o funil vai se estreitando, e buscamos afinidades maiores, nas viagens que queremos fazer, no estilo musical que se segue, na disponibilidade que os amigos têm em rachar uma conta.

O mais importante de tudo, é com quem você dividiu aqueles momentos de perder fôlego de tanto rir, com quem saboreou prazeres gastronômicos, conheceu lugares diferentes, fez coisas impensáveis, enfim viveu, marcou por um minuto ou por horas esta passagem chamada vida.

E quando olho para trás mesmo com tantas imperfeições, diferenças, e desencontros, escolheria (ou deixaria ser escolhida) novamente os mesmos amigos.

E digo mais, esta vida somente teve significado, pois, estes amigos escolheram grafar capítulos da história comigo.