sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Bodas de Papel- nos unimos.

Se olhar para trás não me lembro bem ao certo como a história do casamento começou. Acho que quando o amor fluí, o relacionamento chega a um estágio em que o casal começa a  imaginar como seria sua casa junto, qual seria o gosto do hálito um do outro pela manhã, não uma vez, mas, todos os dias.

Então penso que não teve um momento em que sentamos e discutimos se íamos casar ou não, as coisas não funcionam assim no amor, não é que paramos e olhamos no calendário e vimos que há tantos anos e meses estávamos namorando e então tínhamos que noivar e casar, não existe tempo exato para isto, quando há amor parece que os fatos vão desenrolando sem mesmo ao certo sabermos.

Lembro que um dia conversando enquanto esperávamos a nossa pizza ficar pronta, falamos um para outro que queríamos casar. Em pouco tempo o desejo de ficar juntos nos moveu a buscar um lugar que poderíamos chamar de casa.

Aquele ditado popular que diz que: “Quem casa, quer casa!”, é a mais pura realidade, todo casal precisa de um canto que possa chamar de lar, para que assim, rompa o cordão umbilical com seus pais ou pessoas que o criaram.

E quando comentei em casa que iria casar, tudo virou uma loucura, começaram a questionar que cor seria as flores da festa, qual salão iríamos ver, e sem nem mesmo ser meu sonho de menina, me vi preparando “um casamento”. Posso dizer que foi uma das fases mais especiais da minha vida, cuidar de cada detalhe do momento em que mostraríamos a todos que o AMOR existe, estava presente em nós como casal.

Sabendo que algumas convenções são importantes, logo falei para meu futuro marido, “você tem que pedir minha mão aos meus pais”, e lá foi ele, frente a frente com os meus pais, mostrar que eu já era uma mulher, e era a mulher que ele queria dividir todos os dias de sua vida. Seu nervosismo era grande, e só fez meu amor aumentar, afinal, só ficamos nervosos diante das coisas que nos são realmente importantes.

A resposta do meu pai descreve bem o que é este momento: “Não concedo a mão dela, ela que tem que saber se quer casar, se você é o cara. Se vocês estão cientes do que significa o casamento, desejo toda a felicidade à vocês” (Foram mais ou menos estas as palavras do meu pai)

E rapidinho chegou o dia da celebração do nosso casamento, se eu pudesse voltava neste dia uma vez por mês, só para reviver toda aquela emoção.

E depois te tudo isto, veio a convivência do casamento, não posso dizer que tudo são flores, quem é casado sabe, quem não é nem imagina.

O casamento é a convivência de duas pessoas que tiveram uma história anterior, e começam a escrever novos capítulos desta mesma história. No nosso caso tínhamos experiências de 26 anos de vida, criações familiares totalmente distintas, e claro que fomos aprendendo com a convivência.

Mas como já disse, está ai a importância do Amor, este sentimento difícil de descrever, mas delicioso de viver. O sentimento que nutrimos um pelo outro, faz com que cada discussão fique pequena quando aconchego minha cabeça no ombro dele, e trocamos a temperatura do corpo um com o outro.

Com o casamento aprendemos o valor da tolerância, da compreensão, do quanto precisamos ser honestos um com o outro, afinal a coisas só desenrolam se dividirmos um com o outro os fatos.

Como é bom poder dividir os acontecimentos do dia com alguém, ter com quem dormir toda noite, rir em cumplicidade assistindo um filme, sacanear um ao outro quando um bebe um pouco mais.

Casando descobri um propósito a mais na vida, ensinar o que eu sabia para o meu marido, e aprender com ele em troca.

E lá se vai um ano de casamento (que comemoramos no dia 26/09/10), a chamada Bodas de Papel, como já escrevi para uma amiga uma vez, talvez esta bodas seja de Papel, pois, depois de um ano você descobre se este papel é resistente como uma cartolina, ou frágil como um guardanapo de papel. É nesta fase que a maioria dos casamentos terminam, e os poucos que resistem é porque aprenderam a conviver com as diferenças do seu cônjuge.

Não se muda uma pessoa, tem que se ter isto em mente antes de casar.



O relacionamento é bom porque nas nossas diferenças nos completamos, e nas nossas semelhanças nos unimos.



Fica aqui meu agradecimento a todos aqueles que há um ano estiveram conosco celebrando nosso casamento, a todos aqueles que nos ajudam a construir os capítulos deste relacionamento, e fica o registro ao meu marido do enorme Amor que nutri, nutro e por muitas e muitas bodas continuarei nutrindo.



Adriana Ribeiro Teixeira (e pelo casamento – dos Santos)



Obs.: Sei que estou devendo os post sobre a viagem, no próximo escreverei sobre a Bahia. (Já tem no blog São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná)

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