sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Meu coração é mineirinho

E continuamos neste ônibus, viajando pelo Brasil... Quem quiser pode embarcar no próximo avião e me acompanhar...

A música diz: “O Rio de Janeiro continua lindo...” E não tenho como discordar totalmente, tenho lembranças maravilhosas dos pontos turísticos do Rio, da praia de Copacabana, da vista da Ponte Rio-Nitéroi.

Acho que minha primeira viagem “importante” foi para o Rio de Janeiro, por volta dos seis anos de idade esta era as férias de família lá de casa, e em segunda opção tínhamos a fazenda de uma tia no interior de Minas, e a casa de uma tia querida em Barretos.

Lembro como se fosse hoje de quando alcançamos o Cristo Redentor, uma visão espetacular. Recordo também como foi andar no bondinho do Pão-de-Açúcar, que delícia. As praias da cidade de Rio das Ostras onde ficávamos hospedados eram límpidas como só.

Ocorre que hoje em dia se me levarem a cidade do Rio de Janeiro, não consigo ver com tanto encantamento assim, não sei se pelo fato de as praias realmente belas são as típicas de novela das oito da Globo: Ipanema e Copacana, pois, as demais não tem nada de impressionante, não sei se pelo fato da violência ser tão grande, que um simples passeio com máquina fotográfica na mão seja algo de extremo risco, não sei o que me desencantou. Da última vez que estive lá, somente de passagem, cortando a cidade, me senti totalmente “deslocada”.

Mas, tenho que deixar a dica, para quem não conhece o Rio de Janeiro, é uma viagem imprescindível como brasileiro. E tem que se fazer o óbvio mesmo, conhecer todos os pontos turísticos do Rio, mas com muita atenção e cudiado.

É lógico que meu desencanto não é tão extensivo, por isso ainda pretendo conhecer Búzios, Angra, Parati, cidades do estado do Rio de Janeiro que ainda não tive a honra de conhecer, e que ouço maravilhas.

Seguindo pelo Rio de Janeiro chegamos a outro Estado da região Sudeste: Espírito Santo.

Fiz uma breve passagem por lá, em algumas cidade do interior, também Vitória e Vila Velha, tenho que confessar que foi uma das viagens que menos me impressionou. Achei a comida “estranha”, eu adoro experimentar a gastronomia dos locais que viajo, pois cada lugar tem um gostinho especial, e isto me marca muito, mas a comida das cidades do Espírito Santo em que estive, achei ruim, não era nem regional e nem parecida com a de São Paulo, era uns pratos estanhos, que me fizeram pensar em como os moradores de lá se contentam como as opções que os restaurantes oferecem.

O que posso falar de ES? Bom, conheci um dos pontos mais famosos de lá, o Convento da Penha, a vista do “mirante” do convento é espetacular, a história do Convento é maravilhosa, as imagens sacras expostas são de emocionar, só me incomodou duas coisas, o fato de ter que pegar um transporte até determinado ponto do convento, pois a subida é muito íngreme, o problema é o calor dentro destas vans, e o tempo que se espera para voltar, outro problema do local é a quantidade de pessoas que freqüenta, é um tal de ombro dar com ombro, eu sei que isto é um mal de pontos turísticos, mas lá é um horror.



Entre Vitória e Vila Velha esta instalada a Terceira Ponte, muito bela, com uma vista incrível. A visão da Ponte iluminada de noite é linda, e de longe se avista o Convento da Penha no alto do morro todo iluminado também. Só é bom prestar muita atenção, pois, em determinado ponto a ponte se divide, e ela tem praça de pedágio, se entrar errado é prejuízo na certa.

 
Em Vilha Velha conheci somente uma praia, que infelizmente não me lembro o nome, achei a praia mais do mesmo, estilo litoral paulista, com muito banhista dançando no calçadão a base de música em volume alto, bom mesmo para dar boas gargalhadas vendo “os figuras” do local, e tomando uma cervejinha gelada.

O último estado da minha queria região Sudeste, é Minas Gerais, último, mas, não menos importante, tenho um carinho grande por vários cantinhos de Minas Gerais, estado de pessoas acolhedoras e simpáticas, de boa comida, e de boa prosa.

Tem várias cidades que freqüento, especialmente por ter familiares, e posso dizer, se você foi convidado para passar uns dias em alguma cidade mineira, não perca tempo, pela experiência que tenho com as cidades de lá, na maioria delas você vai passar bem, seja para assistir uma missa no domingo e depois dar uma volta na praça, seja para aproveitar os almoços bem servidos tanto nas casas quanto nos restaurantes, seja para dar um mergulho em algum rio, seja para aproveitar Carnaval fora de época.

Tenho que destacar uma cidade mineira maravilhosa, Bueno Brandão (http://www.buenobrandao.com.br/novosite/), e fica pertinho de Campinas a 180 km. A cidade é um espetáculo mineiro, mas, é para quem gosta de sossego, ecologia ou esporte radicais, se você procura vida noturna lá, não é exatamente o que vai encontrar, de noite em Bueno é no máximo comer um cachorro-quente na praça dividindo metade com algum cachorro faminto, ou ficar em um boteco da praça, ou ainda tomar um delicioso sorvete na principal sorveteria que fica na cidade. Em algumas épocas do ano tem as festas típicas de lá, basta consultar no site da prefeitura.

O que se encontra em Bueno Brandão é uma beleza de encher os olhos, é um barulhinho de cachoeira que mexe com todos seus sentidos (eu choro quando sento em uma delas), e repor todas as energias.

São muitas cachoeiras, se não me engano são 36 catalogadas, pelo menos era este numero da última vez que fui. Ao chegar à cidade é possível localizar um mapa das cachoeiras facilmente.

Nas duas vezes que estive lá consegui conhecer 15 cachoeiras, vale destacar que o acesso as cachoeiras é por estrada de terra, então tem que ir preparado para colocar o carro para rodar, e os “estacionamentos” são longe da cachoeira, então haja pernas para subir e descer.

Algumas cachoeiras são totalmente rústicas, e é necessário embrenhar no mato mesmo, às vezes chegando a se perder, para poder encontra-las, outras são estruturadas pelas pousadas e restaurantes, e cobram entrada, uma taxa simbólica de manutenção do local, afinal, muitas cachoeiras ficam dentro de propriedade privadas.

Das cachoeiras visitadas destaco quatro que são as mais famosas também, a primeira Cachoeira do Felix quando vista do alto já é bela, as fotos no “mirante” superior são dignas de Papel de Parede de computador, vista de baixo a cachoeira permanece bela, é possível banhar na cachoeira, vá preparado de traje de banho e toalha na mão, as vezes a água está bem gelada.

A Cachoeira do Luiz é de uma magnitude, é onde compreendemos por que Deus criou a natureza, é um espetáculo, sento na beira desta cachoeira e choro de emoção. O banho não é possível somente a pontinha do pé. A Cachoeira do David é uma das cachoeiras “rústicas” por assim dizer, tem que se desbravar a fazenda para encontrar, ela tem a parte I e II, podemos nadar em algumas quedas, em outras toda atenção é necessária, as pedras são traiçoeiras. Para um bom mergulho destaco ainda as Cachoeiras do Machado I e II.

Outro passeio imperdível é ir tomar um vinho no Zé Roberto, acho que era este o nome do dono da Fazenda, você prova os vinhos e leva o que mais gostar, difícil escolher... Fora que o dono da fazenda é uma simpatia conta causos e mais causos. A jeripoca é divina. Pergunte no centro que darão a localização da fazenda, é pertinho.

Para comer bem o que vale mesmo é o restaurante “O Cumpadi”, para tudo que a comida é boa demais sô!!!!!

Das vezes que fui, aluguei uma casa do Sr. Cido, muito famoso na cidade, e nos sites que falam a respeito de Bueno Brandão. Sr. Cido é um anjinho de Deus na terra de tanta doçura e hospitalidade. A casa que ficamos é super aconchegante, nada de luxo, mas com toda estrutura. Nunca fiquei em chalé ou hotel, mas ouço falar coisas maravilhosas, neste site tem dicas sobre hospedagem, e descrição ótima da cidade: http://www.pousadas-superguia.com.br/mg_pousadas_bueno_brandao_01.html

O melhor de tudo, o celular não pega por lá... as vezes é bom se desligar do mundo!

Acabei por estender o post ao falar de Bueno, não tem como, que conhece a cidade sabe o que estou falando, é um lugar que realmente vale a pena, e o bom, que é uma viagem barata, o custo não corresponde aos benefícios.

No próximo poste, vou escrever sobre o Paraná, estado natal do meu amor.

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