quarta-feira, 31 de março de 2010

No ABC da minha vida

Hoje nas minhas “andanças” pela internet comecei a me lembrar de quando aprendi a ler.

Foi o momento mais mágico da minha vida. Descobrir que aqueles rabiscos eram letras, e que aquelas letras juntas formavam palavras, e as palavras significavam algo. No primeiro dia em que a escrita fez realmente sentido, meu pai veio me buscar de carro na escola, e passando pelas ruas me deliciei ao ler placas e mais placas, uma aventura, um deslumbramento, uma menina no pré-primário é que achava ter todo conhecimento (mesmo desconhecendo o sentido desta palavra na época).

Saber ler me trouxe a primeira das frustrações. Eu era uma das poucas na 1ª série que já eram alfabetizadas, pois cursei o “prézinho” em escola particular, então, tinha que esperar os meus colegas de turma a “chegarem ao mesmo nível”. Aprendi ali a lição de que vivemos em sociedade, e temos que respeitar os outros para sermos aceitos, mesmo que isso signifique aceitar as diferenças dos outros.

Lembro-me de um episódio, logo que comecei a ler, em que fui com minha irmã, prima (mais velhas do que eu) e tios, no cinema, assistir meu primeiro filme dublado: Olha quem está falando. Óbvio que não consegui acompanhar as legendas, então fiquei ali admirando a cena, e dando risada quando as outras pessoas riam, só para fazer coro. Naquele dia me senti importante, assistindo um filme legendado, coisa de adulto. Pouco me importava se eu ainda não conseguia acompanhar, queria mais e mais aventuras no mundo da escrita.

Depois de uns dois anos de alfabetizada, meu pai começou a assinar os gibis da Wall Disney. Quinzenalmente chegavam aqueles pacotinhos verdes da Editora Abril contendo cerca de 5 gibis, como eu adorava aquele momento, como eu “devorava” cada linha escrita daqueles gibis.

Alguns anos se passaram, e descobri que a estante da casa dos meus pais, continha algo maravilhoso, uns livros antigos, mas, clássicos. Consumi a maioria delas em tardes de Sidney Sheldon, ou Meu pé de laranja lima de José Mauro de Vasconcellos.

De lá para cá pouca coisa mudou nas minhas aventuras de leitura, continuo uma amante desta arte. E agora tenho uma aliada, a Internet, onde me debruço atrás de blogs interessantes, para ter bons momentos de leitura.

Acredito que a leitura é como um alimento gostoso, quanto mais se consome, mais se quer.
 

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